O Pré-Tratamento por Aspersão é um processo essencial para garantir qualidade e eficiência na aplicação de revestimentos industriais.
Normalmente, as etapas e os tempos do pré-tratamento são definidos em parceria entre o fornecedor de produtos químicos e o fornecedor de equipamentos, levando em consideração fatores como temperatura dos banhos, estágios de enxágue e sistemas de controle.
Os tempos recomendados pelos fornecedores referem-se ao período ativo em que as peças estão expostas à ação físico-química dos bicos de spray. Por isso, é fundamental que o fornecedor dos equipamentos garanta que o tempo informado corresponda ao percurso real das peças entre os anéis de spray, e não apenas ao comprimento do enclausuramento.
Neste guia, exploramos os principais aspectos a serem observados no desenvolvimento do projeto, garantindo um pré-tratamento eficiente e alinhado às melhores práticas do setor.
Temperatura dos banhos
Para que o processo seja estável independentemente das condições ambientais, produzindo com a mesma qualidade tanto no inverno quanto no verão, as temperaturas dos banhos aquecidos devem estar relacionadas com a temperatura ambiente mínima no local de instalação.
Sistemas de aquecimento diretos são de menor eficiência (tubo de chama tem maior incrustação por alta temperatura de contato) e sistemas de trocadores de calor são de maior eficiência e praticidade de manutenção e expansão.
Quantidade de estágios de enxágues
Qualidade de enxágue, em muitas ocasiões, é o êxito ou o fracasso de todas as operações anteriores, e o consumo de água está relacionado diretamente com a quantidade de estágios.
Os enxágues consecutivos em cascata inversa necessitam de uma quantidade de água de reposição muito menor do que uma etapa apenas para obter a mesma eficiência.
Materiais de tanques e housing
Com os preços atuais do aço inoxidável em âmbito mundial, alguns fabricantes desenvolveram alternativas de construção de túneis de pré-tratamento com materiais menos nobres (plásticos), mas nenhuma dessas alternativas oferece simultaneamente a resposta adequada em longo prazo: corrosão e efeitos mecânicos.
Por esse motivo, nenhuma dessas alternativas é normalmente oferecida pela PENTANOVA, que conta com equipamentos tecnologicamente superiores.
Os materiais plásticos, que oferecem uma boa alternativa em termos de resistência à corrosão, não garantem a resistência mecânica em longo prazo e são altamente perigosos quando submetidos às altas temperaturas.
No caso de tanques aquecidos, qualquer falha no controle de temperatura ou de nível fará com que a temperatura aumente, ocasionando deformações irreversíveis e riscos de trincas nas soldas, o que ocasiona perdas parciais ou totais dos produtos.
Portanto, o aço inoxidável ou aço carbono são os materiais altamente recomendados, respeitando sempre o produto químico a ser utilizado no processo.
Volume dos tanques
Deve-se atentar ao favorecimento da limpeza e prevenir contaminações, cones para o tanque de fosfato de zinco e outro.
Além disso, é preciso ter ótimos níveis de agitação (turnover), pois existe uma relação direta entre o volume do tanque e a(s) bomba(s) de recirculação, determinando uma quantidade de recirculações por hora — quanto maior esse número (turnover), melhor será a agitação.
Vazão das bombas
A quantidade de bicos de spray dos anéis define a vazão da bomba e deve ter a pressão correta para garantir a ação mecânica e atender a todas as áreas da peça para o processo ser eficiente, sendo obrigatório existirem telas filtrantes de aço inoxidável na saída do tanque para proteção das bombas.
Densidade de spray
O volume de produto aplicado sobre as peças em uma linha de Pré-Tratamento por Aspersão, denominado densidade de spray, é fundamental para obter performance com eficiência.
O correto dimensionamento conforme estágio/etapa proporcionará o resultado esperado com:
● menor concentração dos banhos (redução no consumo de químicos, arraste e água);
● menor temperatura de operação (redução no consumo energético);
● menor tempo de aplicação (aumento da produtividade).
Sistema de exaustão de vapores
Fundamental para evitar a contaminação cruzada dos banhos e minimizar a saída de vapores pelas entradas/saídas. Se bem dimensionado, evita arraste excessivo e perda de produtos químicos pelas chaminés.
Posicionamento do transportador
Transportador externo ao túnel com selo para evitar a saída de vapores. Há grande vantagem em relação ao transportador interno, que gera arraste de partículas sólidas. Estas, ao caírem sobre o tanque (ou na peça), produzem contaminação e retrabalhos posteriores.
Sistemas de controle (PLC, software, hardware)
Facilidade de recursos de programação, supervisórios de toda a instalação.
Facilidades de manutenção (portas, luminárias)
Portas no túnel para manutenção e iluminação dos estágios facilitam a manutenção e a conservação do equipamento.
Separador de óleo
Em um processo de fabricação de peças metálicas, é necessário um agregado de distintos tipos de óleos de estampagem, das quais deverá ser removido logo no começo do tratamento de superfície.
Filtro prensa ou decantador lamelar
O processo de fosfatização, por sua própria naturalidade, gera precipitações (lodo), que, se não removidos do tanque em questão, degradarão a qualidade do tanque até o limite de torná-lo inviável.
Entre os dispositivos mais usados para cumprir esse objetivo são utilizados o decantador lamelar e o filtro prensa.
A pintura por aspersão, quando realizada com tecnologias avançadas e práticas adequadas, oferece resultados excepcionais em qualidade, eficiência e sustentabilidade. Com parceiros confiáveis como a PENTANOVA, é possível transformar processos industriais, atendendo aos mais altos padrões do mercado.
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